sábado, 14 de agosto de 2010
Soneto de Despedida
Não vá, viver longe é tortura
Quando se ama tanto o ser ausente.
Quando não se esquece facilmente
Uma rósea e bela criatura.
Não vá, viver longe é uma desgraça!
É martírio vil, ímpio e cruel!
Ruim e amargo como o fel!
Pior do que pimenta com cachaça!
É tristeza infinita! É ter a alma morta!
Viver longe de quem se ama é solidão!
Não vá, o meu frágil peito não suporta
Quando a lua clarear a noite sombria
Espalhando o brilho prateado pelo chão
Eu estarei chorando na cama vazia.
José Anchieta
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