sexta-feira, 23 de julho de 2010
Soneto de Um Amor Platônico
Amo-te com a sensatez dos loucos
E com a ternura de um desabrochar de rosa
Amo-te em desalinho, em polvorosa!
Com a indiscrição dos trovões roucos.
Amo-te sem compasso e sem medida
Com a impetuosidade de um maremoto.
Como a destruição de um terremoto
Que fende uma rocha e a deixa partida.
Amo-te! E esta paixão é avassaladora!
É terrivel como um animal feroz
Que tem ciúmes da sua ninhada.
Amo-te com uma ternura atroz!
E ao ver-te assim, toda tentadora...
Fico a imaginar-te minha namorada.
José Anchieta
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