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Poesias

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Prelúdio de Luar


Quando a mão espalmada acena
E o batimento cardíaco acelera...
Quando o peito esmigalha-se e dilacera
Por causa de uma figura pequena

Quando a gente ama muito
Que é impossível dizer o quanto
Quando o riso mescla-se com o pranto
Em meio a um abraço fortuito

Quando todas as palavras já foram ditas
E todas as frases de amor sussurradas
Ao ouvido. Restam apenas as desditas...

Resta (do último beijo) o gosto amargo.
De um relacionamento findo, mãos aladas,
Que permanecem no ar, num aceno largo.

José Anchieta

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